segunda-feira, 13 de maio de 2013

Livres, presas e dependentes


    Estamos aqui novamente para falar de palavras. Só que dessa vez a respeito de suas formas: livres, presas e dependentes. Antes de qualquer coisa, que tal alguns conceitos? Vejamos:

Morfema: a unidade mínima significativa da palavra, sendo o morfe sua representação física. Exemplo: a palavra cuidados é constituída por três morfemas: a raiz cuid-, o sufixo -ado- e o morfema -s que indica plural. Essa representação segmentada é chamada de morfe. Logo, pode-se dizer que morfe é morfema (e vice versa).
Vocábulo: Carone define vocábulo como uma unidade constituída de morfemas.

    Agora que já sabemos o que é morfe, morfema e vocábulo, vamos às formas:

    Formas livres: são aqueles vocábulos (ainda lembra o que é vocábulo? Hehehe) que por si só constroem um enunciado com significado. E, de acordo com Carone “toda frase, da mais simples a mais complexa, é uma forma livre, desde que dotada de uma entonação adequada.” Há também as formas livres mínimas. Explicaremos através de um exemplo: se alguém pergunta “como você está?” e respondemos “bem”, a última forma por si só já tem seu significado, já faz sentido no diálogo sem a necessidade de mais uma forma para complementá-la sendo esta opcional: “bem, obrigado” ou “estou bem”.
    Formas presa são aquelas que sozinhas não são suficientes para constituir um enunciado. Por exemplo: REinventar -> o prefixo re- não é suficiente, não faz sentido sozinho. Se estivermos num diálogo e nos perguntam “como você está?” e respondemos “re”… Bem, eu não entenderia se alguém me respondesse assim… hahaha.
    Levando em consideração essas afirmações e usando alguns exemplos dados em classe pode-se dizer que uma palavra pode ser formada por:

-uma forma livre mínima indivisível, como por exemplo, a palavra leal e a palavra bem. São livres porque conseguem por si só formar um enunciado, e mínimas indivisíveis porque não podem ser segmentadas;
-duas formas livres mínimas como, por exemplo: couve-flor, vaivém;
-uma forma livre e uma ou mais presas como, por exemplo: leal-dade, in-feliz-mente.
-apenas formas presas, como por exemplo: im-pre-vis-ível.

    Além dessas formas, há também as formas dependentes, que são aquelas que só têm significado quando ligadas às livres. Não são presas porque são separáveis e não são livres porque por si só não fazem sentido num enunciado. Colocamos nesta classe os artigos, as preposições, os pronomes oblíquos átonos… Elas são reconhecidas por aceitarem inversões no enunciado. Exemplo: “o menino/ o menino que estava na rua/ estava na rua o menino e sua mãe.
    Só pra fixar, vamos analisar algumas palavras do trecho de uma música:


Beija-flor que trouxe meu amor
Voou e foi embora
Olha só como é lindo meu amor
Estou feliz agora


Beija-flor – formada por duas formas livres mínimas;
Que – nesse enunciado é uma forma dependente;
Amor – forma livre mínima indivisível. (Se fosse amoroso seria uma forma presa composta por uma forma livre mínima e uma forma presa!)

    Abaixo segue o vídeo para desfrutarmos enquanto aprendemos. Até a próxima!!

2 comentários:

  1. Olá, Alisson!

    Ótimas explicações sobre os conteúdos, ficaram bem claras e didáticas, mas talvez você pudesse ter explicado melhor se dividisse os conteúdos em duas postagens, assim não seriam tantos conteúdos para abordar de uma vez. Boa escolha de música, também! Você poderia ter escolhido a palavra "trouxe" para explicar a forma presa a partir do sufixo verbal, também. O contraste entre amor e amar a Profa. Roberta e o Prof. Dioney discutirão na próxima reunião deles. Assim que os professores nos passarem, postaremos essa informação para você :)

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